Prossegui até Hofdi, um delicioso bosque as margens do lago, com águas de um verde claro límpido, completamente diferente do cinza vulcânico da região.
Completando o circulo do lago visitei Skutustadagigar, uma área com várias formações em forma de crateras, mas que na verdade não são vulcânicas.
Saindo da área do lago peguei a estrada para ver as cachoeiras Selfoss e Dettifoss.
Chego por volta das 12:30, uma pequena caminhada leva a um canyon com um rio de águas de uma cor bem diferente: cinza, não porque não fosse limpa, mas pela cor das rochas. Selfoss, que jà impressiona, fica à esquerda. Logo percebi que não estava do lado melhor para vê-la, do outro lado do rio se veria a queda de frente. Assim, decido caminhar até onde as águas caiam, um lugar muito bonito também, onde uma espécie de redemoinho se formava.
Volto pela mesma trilha em direção a Dettifoss e quando chego ao alto de onde se vê a queda fico perplexo, a queda d’água, o som e o canyon são indescritíveis.
Explorei a área caminhando pela parte superior, onde se tem uma visão incrível do canyon e do rio. Desci até o ponto mais próximo das águas, e dessa vez o lado onde estava era o mais favorável. Um arco-íris maravilhoso completava o panorama.
Me senti quase que hipnotizado pelo local, mas tinha que partir, pois ainda tinha que chegar a Dalvik, uma pequenina cidade a beira de um fiorde, onde faria o passeio de barco para avistar baleias.
No meio do caminho ainda passei por outra cachoeira famosa: Godafoss ou a cascata dos deuses. Conta a lenda que quando foi decidido que seria adotada a religião cristã, o rei que governava teria atirado todas as estatuas pagãs nas águas da cachoeira.
A estrada para Dalvik seria longa, mas a paisagem era sempre fabulosa. Fiordes incríveis e um pouco antes de chegar passei por Ayureri, a segunda cidade da Islândia.
Finalmente chego em Dalvik, pequenina cidade as margens de um bonito fiorde. Tiro algumas fotos, e vou jantar, pois estava com bastante fome.
O único lugar que achei era um pub simples, estava sozinho, fui muito bem atendido e comi um ótimo bacalhau fresco grelhado.
No dia seguinte partia para o passeio em barco para avistar as baleias, o tempo estava bom e a paisagem do fiorde era bastante sugestiva.
Não chegamos a sair em mar aberto para poder avistá-las, e logo vimos um par delas, não muito perto do barco, mas o suficiente para ver o dorso e a cauda.
Rapidamente me dei conta que quando se vê a cauda significa que elas estão mergulhando e que aquela baleia não se vê mais.
Acho que avistamos cerca de oito baleias. Depois ainda fizemos 15 minutos de pesca de bacalhau (na verdade o peixe é a merluza). Bastava colocar a vara com isca falsa para logo pegar um. O que peguei deveria ter uns 30/40 centímetros mais ou menos, mas tinham outros maiores.
De volta ao cais o pessoal do barco preparou os peixes (que haviam já limpado) numa grelha elétrica e assim pudemos saborear um bom peixe fresco.
Na verdade escolhi Dalvik porque era menos cheio de gente e tinha esse plus da pesca. Existem muitos outros locais na Islândia onde se podem avistar baleias, mas são bastante cheios, segundo li nas avaliações, como por exemplo Husevik.
Após comer o peixe sigo caminho em direção oeste, a estrada seria longa até Grundafjordur, cerca 400kms.
Fiz poucas paradas, uma delas numa cidadezinha muito simpática chamada Siglufjordur, onde visitei o Museu do Arenque, a cidade tinha sido uma importante produtora deste peixe bastante comum no norte. Sigo caminho após uma rápida visita a um museu de música folclórica, onde haviam alguns instrumentos típicos estranhos, como um tipo de violino horizontal chamado Langspil.
A outra parada seria em uma espécie de fazenda islandesa chamada Glaumbaer. Um pequeno museu mostrava a vida no local no século 19, com quartos, salas onde eram armazenados alimentos, etc...
O tempo estava bastante ruim e chegar em Grundafjordur foi muito cansativo, uma boa parte da estrada não era asfaltada e dificultou bastante. Cheguei na pequena cidade passadas as 8:30 da noite.
Por sorte cheguei ao albergue da juventude antes de fechar. Tive que correr para tomar um banho e ainda conseguir comer algo pois todos os locais onde se poderia comer algo fechavam por volta das 22...
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