Sunday, January 23, 2011
Passagem de ano 2011
Em meu post anterior havia comentado que Havia conseguido passar as férias de fim de ano no Brasil.
Bem, como de costume não poderia deixar de fazer uma pequena viagem com a Namaste, dos meus caros amigos Alécio e Márcia.
Dessa vez o destino seria a cidade de Passa Quatro, Minas Gerais.
Foram quatro dias, com duas caminhadas em montanha, um dia com cachoeira e o ultimo um passeio light num trem antigo com Maria Fumaça pela serra da Mantiqueira.
Partimos de São Paulo na quarta à noite, e depois de umas 4 horas de viagem estávamos em Passa Quatro.
Na quinta pela manhã vamos de van para o ponto de partida da trilha para o Pico do Garrafão, com 2359 m e que fica no Parque Estadual da Serra do Papagaio.
Houve um problema de comunicação com o guia local e no final iniciamos a trilha tarde e por uma via que era mais difícil. Éramos em torno de umas 15 pessoas.
O tempo estava ruim e com cara de chuva, mas mesmo assim começamos a caminhar. De inicio uma subida muito forte e longa por uma trilha bem lamacenta. Terminada a subida estávamos bastante cansados e uma neblina forte impedia de ver o nosso destino.
Uma chuva fina caía, mas continuamos, e entramos numa pequena mata bem fechada e com muita lama, era a ultima parte antes de iniciar o ataque ao pico. Mas de repente a chuva aumentou e ficou muito arriscado continuar e os guias decidiram voltar, pois teria o risco de que com a neblina forte a trilha ficasse complicada de ser seguida.
Pico do Garrafão
Descemos pela mesma trilha e depois retornamos ao hotel. A maior parte do grupo estava quebrada, o que significaria que para o dia seguinte seriam bem menos pessoas para fazer o pico do Itaguaré.
Na quinta acordamos bem cedo para pegar a van que nos levaria ao inicio da trilha, e apenas 7 pessoas fariam a caminhada.
Depois de cerca de uma hora e quarenta minutos de uma estrada de terra tortuosa e com muita lama tivemos que descer do carro, pois não este não conseguiria passar.
E assim nossa trilha iniciou ali. Encontramos os guias locais que nos acompanhariam até o pico. O dia estava encoberto e uma chuva fina caía. O inicio da trilha não era complicado, mas depois de uma meia hora começou uma subida forte no meio de mata fechada. A subida era feita em degraus bem alto de terra entre as raízes das árvores.
Depois de umas duas horas e meia de subida a trilha melhora um pouco, com menos inclinação. Fizemos uma pequena parada numa pedra enorme que servia de mirante para descansar e comer algo.
Seguimos ainda por mais uma meia hora até chegar num ponto que me fez tremer... Uma canaleta muito inclinada e alta.
Pico do Itaguaré
Nesses pontos o meu medo de partes expostas vem a tona e a coisa complica. Com muita dificuldade e ajuda dos guias fui subindo, e chegando ao final dessa parte tive uma câimbra forte na coxa...
Tive que esperar um pouco para poder continuar. Ali já estávamos fora da mata, mas a montanha estava completamente coberta... Após mais um pouco de trilha entre enormes rochas chegamos ao pior ponto para mim. Deveríamos passar por uma parede de rocha com uns 70 graus de inclinação e uns dez metros de altura. Mais ou menos na metade dessa parede havia uma fissura na rocha de uns 10 cms de largura (só dava para colocar um pé...) que serviria como trilha para chegar ao outro lado. Posso dizer que foram os 5 passos mais longos de toda a trilha. Eu suplicava para o guia não sair do meu lado, e nisso pude imaginar o meu olhar aterrorizado pelo medo...
Pico do Itaguaré
Bem, terminada essa parte outra subida inclinada e chegaríamos ao ponto que pensei que seria o topo... O guia explica que não, que ainda faltava mais um pouco, uns 20, 30 m, mas teria o tal 'pulo do gato' e um 'elevador' para chegar lá. Eu disse a eles que eu não prosseguiria, pois se eu já havia passado por apuros até ali, imagine como seria o tal pulo do gato...
Nisso eram já 15:00, ou seja, 5 horas de caminhada para chegar até ali. Tudo coberto pela neblina, não se via nada e começava a chover. O guia acabou achando melhor não ir até o pico, pois não se veria nada e ainda para chegar ali com as dificuldades teria mais pelo menos 40 minutos e ficaria muito complicado descer com margem de segurança com a luz do dia.
Comemos algo e após uns 15 minutos partimos para a descida. Passei pelos mesmos apuros da subida, mas foi tudo bem e depois de 3 horas e 40 minutos de descida chegamos ao inicio da trilha novamente. Chovia ainda e pegamos uma carona na pick-up do guia para passar o ponto de lama e chegar onde estava a nossa van.
Com a chuva a estrada estava um barro só e assim a van passou por dificuldades, atolando uma vez pelo menos.
Com isso chegamos exaustos no hotel, onde dali a uma hora e meia iniciaria a ceia de ano novo!
Outras fotos
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