No feriado de
primeiro de novembro, dia de todos os santos aqui na Itália, consegui tirar a sexta-feira de férias.
Aproveitei
umas milhas que estavam vencendo para fazer um fim de semana prolongado em
Berlim, cidade que queria conhecer havia algum tempo.
Mesmo
sabendo que é uma cidade completamente reconstruída após a segunda guerra
mundial, tinha curiosidade de ver, de sentir o ambiente.
De fato,
não me decepcionei.
A viagem não
tinha sido muito confortável, pois no feriado não tinham voos interessantes e
dessa forma tive que fazer Milão – Leipzig e pegar um trem para Berlim com
duração de 1 hora e meia aproximadamente.
Mas tudo
estava valendo. Cheguei na quinta apos o almoço, e já fiquei impressionado com
a estação central de trens a HauptBahnhof, incrivelmente grande, com 4 níveis,
comportando não somente trens entre cidades, mas o metro e uma linha de trem
suburbana.
Chovia e
fui me acomodar num hotel que era também albergue da juventude, um quarto bem
simples mas muito bom. Nisso começo a sentir a diferença de um país muito mais
organizado que a Itália, nem vou citar o Brasil.
Não tinha
muito o que fazer com a chuva e aproveitei para entrar em um museu na famosa
ilha dos museus, que fica num rio que corta a cidade.
Tinha
comprado um cartão muito vantajoso, que aconselho a quem for viajar a Berlim, o
Welcome Card com opção da Ilha dos Museus.
Paguei 35
euros por 3 dias com bilhetes ilimitados no metro e suburbana, entradas nos
museus da ilha e descontos em outros tantos.
Tento
entrar no mais famoso, o Pergamon, mas uma fila enorme me fez desistir e entrar
no Bode Museum, que tinha uma coleção muito interessante, com um pouco de tudo,
objetos, pinturas de vários períodos: barroco, gótico, românico, bizantino. Além
de ser famoso por ter uma coleção de moedas muito grande a nível europeu.
O dia nessa
época do ano é bastante curto, especialmente no norte da Europa. As 4:30 da
tarde está escuro.
Na saída do
museu não tinha muito o que fazer, mas dei uma volta nas imediações da
Oranienstrasse, lugar muito interessante, com vários restaurantes, além de ter
a sinagoga, um prédio muito bonito.
Jantei nas
imediações, um local antigo, nao precisa dizer que comi o famoso wrustel (salsicha)
alemão regado a cerveja, claramente.
Na
sexta-feira tive mais sorte, o dia raiou com um belo sol e claro que aproveitei
para caminhar pela cidade.
Sai da
estação central em direção ao novo palácio do governo, a paisagem bem diferente
daquela italiana de Roma e Milão, grandes praças, edifícios modernos.
Apos passar
pelo Reichstag visito a famosa porta de Brandenburgo, que praticamente foi
reconstruída depois da grande guerra.
Passada a
porta vou em direção ao enorme Tiergarten, um parque de muito verde em pleno
centro da cidade. Nesse parque se encontram varias coisas de interesse, como o
memorial de guerra soviético, onde se pode notar os nomes dos soldados russos
que morreram na batalha de Berlin, impressiona a data de nascimento de alguns,
que caíram com menos de 20 anos, sem contar que provavelmente deveriam ter
menores de idade.
Ainda no
parque o monumento a Bismarck e outro em homenagem aos compositores Mozart,
Beethoven e Liszt. E finalmente a famosa coluna da vitória, monumento
comemorativo das vitorias da Prússia em varias guerras.
É possível
subir pelas escadas, cansativo, mas do alto a visão da cidade é muito
interessante.
Na parte da
tarde passo pela PostdamerPlatz, com incríveis edifícios altíssimos e
arquitetura ultra moderna. Para finalizar o dia passo no checkpoint Charlie,
posto de guarda americano que dividia as duas Alemanhas, ou seja, onde passava
o muro de Berlim.
Não sobrou
muito deste, apenas alguns pedaços espalhados pela cidade e as curiosíssimas
‘relíquias’ vendidas nas lojas de souvenir: pequenos fragmentos do muro com
certificado de autenticidade.
No dia
seguinte, sábado, o tempo nao estava fabuloso, mas pelo menos nao chovia.
Visitei a famosa AlexanderPlatz, que depois descobri que o famoso filme de
Fassbinder é baseado em um romance da década de 30.
Nada de
muito especial, hoje é uma moderna praça onde se ve uma enorme torre com uma
antena na ponta.
Dali segui
para um dos pontos que mais gostei da cidade, o antigo bairro de Sao Nicola,
Nikolaiviertel. Com estilo medieval e barroco é uma ilha diferente de tudo no
meio da cidade.
Aproveito
para comer uma típica salsicha num restaurante bastante antigo.
Dali passo
por outros pontos bastante interessantes da cidade, como o Rotes Rathaus e a
praça da igreja de Marienkirche.
No final da
tarde passo pela ilha dos Museus, onde entro na belíssima catedral de Berlim,
enorme, subo na cúpula e dali se veem os fabulosos edifícios dos museus.
Já cansado
faço o ultimo esforço: visito o famoso Pergamon museum, com um portal de um
templo grego inteiramente recolocado dentro. E ainda outro portal fabuloso da
Babilônia, também inteiramente dentro do museu.
Finalmente
no domingo me restava a manhã para visitar alguns outros pontos de interesse da
cidade.
Visito os
incríveis restos da Kaiser Wilhelm Kirche, uma igreja destruída na segunda
guerra, pena que para restaurar foi colocado um outro edifício moderno em
torno, mas nao deixa de ser bastante curioso.
Sigo para
uma área um pouco fora da cidade para visitar o lindo palácio Schloss
Charlotenburg, residência de vários reis prussianos.
E como
ultima visita em Berlim, nao menos importante, a área onde existiam os
edifícios do Reich: as sedes da Gestapo, da Lufthwafe, SS e ainda o bunker de
Hitler, que na verdade não existe mais, pois edifícios residenciais foram
construídos sobre ele.
Estava
concluída mais uma viagem de ‘reconhecimento’ de uma das mais importantes
capitais europeias.
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